domingo, 26 de julho de 2009

30 gramas de fetiche...

Uma historiadora de moda inglesa conta em livro a história da calcinha. Conclusão: quanto menores elas são, maior a liberdade das mulheres.

Conhecida como Dama das Calcinhas, a pesquisadora falou a ÉPOCA sobre seu objeto de estudo

De onde veio esse interesse por calcinhas?
Rosemary Hawthorne –
A pesquisa foi motivada por um aluno de história da moda. Quando ele soube que eu tinha uma coleção de calçolas antigas, me incentivou a escrever um livro sobre essa história.

Quantas calcinhas há nessa coleção?
Rosemary –
Tenho cerca de dez malas de vários tamanhos, com ceroulas e calçolas que datam do início do século XIX até os dias de hoje. Acho que tenho uns 400 ou 500 exemplares.

Qual é a calcinha mais famosa do mundo?
Rosemary –
Que pergunta difícil... Como as calcinhas não surgiram pelas mãos de um designer conhecido, meu critério são aquelas associadas a alguém ou a algo que as tornaram “famosas”. Um exemplo são as ceroulas da rainha Vitória, que conquistaram manchetes quando foram a leilão, pois eram muito comuns, ao contrário do que se imaginava sobre uma “ceroula real”. Outro exemplo são as tipo fio dental, que nunca sairão de moda em alguns quartos...

E quais são as mais usadas?
Rosemary –
Os shortinhos, em todos os tamanhos e formatos, sem muitos detalhes e brancos. Confortáveis, práticos e que não fiquem marcados. Os caleçons, possivelmente, vêm em segundo lugar, pois as mulheres adoram o charme dessa peça (mesmo que não a usem sempre, elas adoram ganhar de presente), e centenas de mulheres, de todas as idades, provavelmente gostam de lingeries mais eróticas.

O marido da senhora é um ex-padre. O que ele acha de sua pesquisa?
Rosemary –
Ele aceita o fato de que eu sou uma criação de Deus, com qualidades, defeitos, interesses e certos talentos... Estamos casados há muito tempo, temos sete filhos e 13 netos. Também trabalho como atriz e viajo por toda a Inglaterra com meu marido, encenando, adivinha o quê? A história das calcinhas.