Tabajara Ruas escreve na contracapa deste livro...
¨A Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha (1835-1845) - a mais longa guerra civil do continente -, foi uma luta dos latifundiários rio-grandenses contra o Império brasileiro.
As complexas razões do levante estão nos livros de História.
O que não está nos livros de História sobre essa guerra brasileira está nesse livro de Letícia Wierzchowski. Porque A Casa das Sete Mulheres é um exercício totalizador sobre a violência da guerra - de qualquer guerra- e sua influência maléfica sobre o destino de homens e mulheres.
O líder do movimento, general Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas do conflito, com o propósito de protegê-las. A guerra que se esperava curta começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas na solidão do pampa começou a se transformar..
Somente um talento literário instintivo e visceral poderia conduzir esta narrativa claustrofóbica e íntima com o sopro épico que varre as páginas do livro.
As mulheres daquela casa viviam naturalmente na expectativa das notícias da guerra, que demoravam e eram lentas como a estações que se sucediam.
Cartas, recados, bilhetes escritos às pressas trazidos por solitários mensageiros com meses de atraso não bastavam para redimir da solidão.
A solidão sufoca.
A solidão enlouquece.
As mulheres adoecem de solidão.
As mulheres rezam.
As mulheres esperam.
Para contar essa história, Letícia transpõe todas as fronteiras.
História e ficção, realidade e fantasia, o natural e o sobrenatural se interpenetram no cotidiano das sete mulheres, cada dia mais violento e sufocante e imutável.
Para contar essa história, Letícia assume a grandeza dos acontecimentos e os transforma em literatura fundadora, edificando um livro sem igual no panorama da literatura brasileira.
O leitor sairá desta experiência transfigurado, tocado pela dor e pela verdade que gemem nesta páginas e pela sutil beleza que a cada momento nos desconcerta.¨
Letícia Wierzchowski nasceu em Porto Alegre. Começou escrever aos 25 anos, após abandonar a Faculdade de Arquitetura.
A Casa das Sete Mulheres é o seu quinto livro. Letícia também é autora do romance O anjo e o resto de nós.
Um comentário:
A solidão sufoca.
A solidão enlouquece.
As mulheres adoecem de solidão.
As mulheres rezam.
As mulheres esperam.
Não há nada mais verdadeiro que isso...
seu blogue está mto lindo.
beijos
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