sexta-feira, 25 de julho de 2008

a casa das 7 mulheres...



Tabajara Ruas escreve na contracapa deste livro...

¨A Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha (1835-1845) - a mais longa guerra civil do continente -, foi uma luta dos latifundiários rio-grandenses contra o Império brasileiro.

As complexas razões do levante estão nos livros de História.

O que não está nos livros de História sobre essa guerra brasileira está nesse livro de Letícia Wierzchowski. Porque A Casa das Sete Mulheres é um exercício totalizador sobre a violência da guerra - de qualquer guerra- e sua influência maléfica sobre o destino de homens e mulheres.

O líder do movimento, general Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas do conflito, com o propósito de protegê-las. A guerra que se esperava curta começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas na solidão do pampa começou a se transformar..

Somente um talento literário instintivo e visceral poderia conduzir esta narrativa claustrofóbica e íntima com o sopro épico que varre as páginas do livro.

As mulheres daquela casa viviam naturalmente na expectativa das notícias da guerra, que demoravam e eram lentas como a estações que se sucediam.

Cartas, recados, bilhetes escritos às pressas trazidos por solitários mensageiros com meses de atraso não bastavam para redimir da solidão.

A solidão sufoca.
A solidão enlouquece.
As mulheres adoecem de solidão.
As mulheres rezam.
As mulheres esperam.

Para contar essa história, Letícia transpõe todas as fronteiras.
História e ficção, realidade e fantasia, o natural e o sobrenatural se interpenetram no cotidiano das sete mulheres, cada dia mais violento e sufocante e imutável.

Para contar essa história, Letícia assume a grandeza dos acontecimentos e os transforma em literatura fundadora, edificando um livro sem igual no panorama da literatura brasileira.

O leitor sairá desta experiência transfigurado, tocado pela dor e pela verdade que gemem nesta páginas e pela sutil beleza que a cada momento nos desconcerta.¨


Letícia Wierzchowski nasceu em Porto Alegre. Começou escrever aos 25 anos, após abandonar a Faculdade de Arquitetura.

A Casa das Sete Mulheres é o seu quinto livro. Letícia também é autora do romance O anjo e o resto de nós.


Um comentário:

Anônimo disse...

A solidão sufoca.
A solidão enlouquece.
As mulheres adoecem de solidão.
As mulheres rezam.
As mulheres esperam.


Não há nada mais verdadeiro que isso...
seu blogue está mto lindo.

beijos