quinta-feira, 21 de agosto de 2008

mel com cicuta...

Beijaram-se em silêncio.

Um beijo ausente e perdido

num passado muito vivido.

Falar dói.

Descobriu ela quase que ingenuamente.

Deixou-se levar no vazio

como uma borboleta perdida

no umbigo da ventania.

O brilho no toque morria aos poucos,

arrepiando cada centímetro

do sorriso afogado

nas palavras presas na garganta.

Escreveu.

Estava certa,

silêncios de veludo matam suavemente

como mel com cicuta.

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