DE REGRESSO
Acabo de chegar sem meus rancores,
trazendo as flores sem espinhos.
Trago saudades, trago dissabores
colhidos na distância dos caminhos.
Na rota palmilhada sem amores,
ausente dos afetos e carinhos,
travei o fel curtido em minhas dores
por arroubos da mente em torvelinhos.
Voltei furtivo no esto da saudade,
tão redobrado em louros de bondade,
para chorar em teu regalo amigo,
para sentir o teu amor fremente,
para rever o teu calor ardente,
no aconchego do meu ninho antigo.
Herval de Souza Tavares
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