Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da lingua portuguesa e também na música popular, " saudade ", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim"solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".
Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidão.
Uma visão mais especifica aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está diretamente ligada à tradição marítima lusitana.
Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou a palavra " saudade " como a sétima palavra de mais difícil tradução.
É tão difícil de traduzir em outra língua quanto é difícil traduzir em palavras...
Universal, abrangente, calorosa ¬ assim é a festa de Natal, que envolve a todos. Uma das mais coloridas celebrações da humanidade, é a maior festa da cristandade, da civilização surgida do cristianismo no Ocidente. Época em que toda a fantasia é permitida. Não há quem consiga ignorar a data por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, Papai Noel vestido com roupa de lã e botas, castanhas, trenós, renas. Até os antinatalinos acabam em concessões, um presentinho aqui, outro acolá. Uma estrelinha de Belém na porta de casa, uma luzinha, um mimo para marcar a celebração da vida, que é o autêntico sentido da festa. Independente do consumismo, tão marcante, o Natal mantém símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade. Na origem, as comemorações festivas do ciclo natalino vêm da distante Idade Média, quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte. A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império. A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio 1º para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção. Então, prepare-se.Mais um Natal está chegando. O que promete este Natal?
digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar,
faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar,
pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar,
meu sumiço é covarde mas atento,
meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado,
a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.
Na "mulher interessante", a beleza é secundária, irrelevante... e, mesmo, indesejável. A beleza interessa nos primeiros quinze dias; e morre, em seguida, num insuportável tédio visual. Era preciso que alguém fosse, de mulher em mulher, anunciando: - "Ser bonita não interessa. Seja interessante!"
Catar os cacos do caos como quem cata no deserto o cacto - como se fosse flor.
Catar os restos e ossos da utopia como de porta em porta o lixeiro apanha detritos da festa fria e pobre no crepúsculo se aquece na fogueira erguida com os destroços do dia.
Catar a verdade contida em cada concha de mão, como o mendigo cata as pulgas no pêlo - do dia cão.
Recortar o sentido como o alfaiate-artista, costurá-lo pelo avesso com a inconsútil emenda à vista.
Como o arqueólogo reunir os fragmentos, como se ao vento se pudessem pedir as flores despetaladas no tempo.
Catar os cacos de Dionisio e Baco, no mosaico antigo e no copo seco erguido beber o vinho ou sangue vertido.
Catar os cacos de Orfeu partido pela paixão das bacantes e com Prometeu refazer o fígado - como era antes.
Catar palavras cortantes no rio do escuro instante e descobrir nessas pedras o brilho do diamante.
É um quebra-cabeça? Então de cabeça quebrada vamos sobre a parede do nada deixar gravada a emoção
Cacos de mim Cacos do não Cacos do sim Cacos do antes Cacos do fim
Não é dentro nem fora embora seja dentro e fora no nunca e a toda hora que violento o sentido nos deflora.
Catar os cacos do presente e outrora e enfrentar a noite com o vitral da aurora
Amanhã. Amanhã iria começar uma dieta rigorosa. Uma dieta de comida e emocional também. Não voltaria a pensar nele. Não esperaria mais pelo tocar da campainha do telefone, pelas cartas que nunca chegaram. Não voltaria a olhar para as fotografias de outros tempos. Não voltaria a escutar Chopin. Os chocolates irão ser banidos, tal como as bolachinhas e os gelados e os bolos de creme e os rebuçados e... e voltaria a sair, a passear pelos jardins, não pela alameda, aí não, nem no parque, nada de frequentar lugares com memórias, nada de olhar para trás, vade retro fantasmas do passado. Amanhã será o ‘dia um’ de uma nova era, de uma nova pessoa. Mas hoje, só para encerrar o ciclo, ouviria pela última vez aquele disco de nocturnos, despejaria um balde de Häagen-Dazs, colocaria o telefone sobre a aparelhagem, ali, junto à fotografia do verão passado e esgotaria toda a sua reserva de lágrimas.
Alguém perguntou por mim ? não precisa ter vergonha - não mudei em nada meus gemidos são profanos, mas estou bem vestida : colares de pérola , brincos indianos e anéis de saturno. Já, meu corpo, é mais modesto repousa em pétalas de rosa.
Eu sei que vou te amar Por toda a minha vida eu vou te amar Em cada despedida eu vou te amar Desesperadamente, eu sei que vou te amar E cada verso meu será Prá te dizer que eu sei que vou te amar Por toda minha vida Eu sei que vou chorar A cada ausência tua eu vou chorar Mas cada volta tua há de apagar O que esta ausência tua me causou Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver A espera de viver ao lado teu Por toda a minha vida... Tom Jobim / Vinícius de Moraes
Uma historiadora de moda inglesa conta em livro a história da calcinha. Conclusão: quanto menores elas são, maior a liberdade das mulheres.
Conhecida como Dama das Calcinhas, a pesquisadora falou a ÉPOCA sobre seu objeto de estudo
De onde veio esse interesse por calcinhas? Rosemary Hawthorne – A pesquisa foi motivada por um aluno de história da moda. Quando ele soube que eu tinha uma coleção de calçolas antigas, me incentivou a escrever um livro sobre essa história.
Quantas calcinhas há nessa coleção? Rosemary – Tenho cerca de dez malas de vários tamanhos, com ceroulas e calçolas que datam do início do século XIX até os dias de hoje. Acho que tenho uns 400 ou 500 exemplares.
Qual é a calcinha mais famosa do mundo? Rosemary – Que pergunta difícil... Como as calcinhas não surgiram pelas mãos de um designer conhecido, meu critério são aquelas associadas a alguém ou a algo que as tornaram “famosas”. Um exemplo são as ceroulas da rainha Vitória, que conquistaram manchetes quando foram a leilão, pois eram muito comuns, ao contrário do que se imaginava sobre uma “ceroula real”. Outro exemplo são as tipo fio dental, que nunca sairão de moda em alguns quartos...
E quais são as mais usadas? Rosemary – Os shortinhos, em todos os tamanhos e formatos, sem muitos detalhes e brancos. Confortáveis, práticos e que não fiquem marcados. Os caleçons, possivelmente, vêm em segundo lugar, pois as mulheres adoram o charme dessa peça (mesmo que não a usem sempre, elas adoram ganhar de presente), e centenas de mulheres, de todas as idades, provavelmente gostam de lingeries mais eróticas.
O marido da senhora é um ex-padre. O que ele acha de sua pesquisa? Rosemary – Ele aceita o fato de que eu sou uma criação de Deus, com qualidades, defeitos, interesses e certos talentos... Estamos casados há muito tempo, temos sete filhos e 13 netos. Também trabalho como atriz e viajo por toda a Inglaterra com meu marido, encenando, adivinha o quê? A história das calcinhas.
Um velho vivia sozinho em Minnesota. Ele queria cavar seu jardim, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que normalmente o ajudava, estava na prisão. O velho então escreveu a seguinte carta ao filho, reclamando de seu problema:
"Querido filho", Estou triste porque, ao que parece, não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo porque sua mãe sempre adorava a época do plantio depois do inverno. Mas eu estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não pode me ajudar com o jardim, pois está na prisão. Com amor, "Papai".
Pouco depois o pai recebeu o seguinte telegrama:
"PELO AMOR DE DEUS, papai, não escave o jardim" ! Foi lá "que eu escondi os corpos".
Às quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar nenhum corpo.
Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera.
Esta foi a resposta:
"Pode plantar seu jardim agora, papai". "Isso é o máximo que eu posso fazer no momento."
Ter uma ESTRATÉGIA É FUNDAMENTAL para conseguir coisas que parecem impossíveis.
Assim, é importante repensar nas pequenas coisas que muitas vezes, nós mesmos colocamos como obstáculos em nossas carreiras.
"Ter problemas na vida é inevitável, ser derrotado por eles é opcional"
Até aos 5 anos - A mulher não faz a mínima ideia de quem é.
Dos 5 aos 10 anos - Sabe que é diferente dos rapazes, mas não percebe porquê.
Dos 10 aos 25 anos - Sabe exactamente porque é que é diferente, e tira proveito disso.
Dos 25 aos 30 anos - Nesta fase formam-se 5 grupos distintos:
G1: As que casaram por dinheiro. G2: As que casaram por amor. G3: As que não casaram. G4: As que simplesmente casaram. G5: As inteligentes.
G1: Descobrem que o dinheiro não é tudo na vida e sentem falta de uma paixão. G2: Descobrem que a paixão não é tudo na vida e sentem falta do dinheiro. G3: Descobrem que o dinheiro e a paixão não fazem falta, o que interessa mesmo é um homem.
G4: Não percebem porque é que casaram. G5: Descobrem que ter inteligência não é tudo na vida.
Dos 30 aos 35 anos - Sabe exactamente onde é que errou e pinta o cabelo de loiro. Vai para o ginásio.
Dos 35 aos 40 anos - Procura ajuda espiritual.
Dos 40 aos 45 anos - Abandona a ajuda espiritual e procura ajuda médica, com psicólogos e cirurgiões plásticos.
Dos 45 aos 50 anos - Graças aos cirurgiões o rabo e barriga voltaram ao normal, o peito ficou melhor do que era e apaixona-se pelo psicólogo.
Depois dos 50 anos - FINALMENTE DESCOBRE-SE, ACEITA-SE E COMEÇA A VIVER!!!
...Mas então aparece a osteoporose e o reumatismo, e lixa tudo.
Gostei mto deste texto...kkkkkkkkkkkkkkkk Veio da Fada.
Fiz-me ao mar com lua cheia A esse mar de ruas e cafés Com vagas de olhos a rolar Que nem me viam no convés Tão cegas no seu vogar E assim fui na monção Perdido na imensidão Deparei com uma ilha Uma pequena maravilha Meio submersa Resistindo à toada Deu-me dois dedos de conversa Já cheia de andar calada Tinha um olhar acanhado E uma blusa azul-grená Com o botão desapertado E por dentro tão ousado Um peito sem soutien Ancoramos num rochedo Sacudimos o sal e o medo Falámos de música e cinema Lia Fernando Pessoa E às vezes também fazia um poema E no cabelo vi-lhe conchas E na boca uma pérola a brilhar Despiu o olhar de defesa Pôs-me o mapa sobre a mesa Deu-me conta dessas ilhas Arquipélagos ao luar Com os areais estendidos Contra a cegueira do mar Esperando veleiros perdidos...
Talvez não haja na história do showbizz mundial um caso de ascensão e queda tão grande quanto o que ocorre com a carreira de Michael há alguns anos. De "Rei do Pop", o cantor passou a ser considerado personalidade excêntrica, artista de temperamento inconstante e, recentemente, um fracasso de vendas. Isso sem mencionar os escândalos envolvendo Michael e os menores que passavam temporadas em sua propriedade, o rancho Neverland.
Muitos especialistas em celebridades e até mesmo fãs descontentes com as excentricidades do cantor procuram respostas para explicar o que move Michael atualmente. As constantes plásticas que alteraram profundamente as linhas de seu rosto, o endividamento de sua fortuna, gasta com frivolidades e caprichos e a queda na qualidade musical de seus trabalhos recentes são apenas uma parte da derrocada do astro. Para alguns, tudo isso tem raízes na infância pobre de Michael e na figura autoritária de seu pai. Mas a pergunta ainda persiste: qual é a razão para a estrela de Michael cair tão vertiginosamente, já que talento não lhe falta?
Durante a Guerra Civil Americana, quando fortunas e famílias foram destruídas, um cínico aventureiro e uma determinada jovem que foi duramente atingida pela guerra se envolvem numa relação de amor e ódio. Com Clark Gable, Vivien Leigh e Olivia de Havilland no elenco. Vencedor de 10 Oscars.
Ficha Técnica Título Original: Gone With The Wind Gênero: Drama Tempo de Duração: 241 minutos Ano de Lançamento (EUA): 1939 Site Oficial:www.franklymydear.com Estúdio: Selznick International Pictures Distribuição: MGM / New Line Cinema Direção:Victor Fleming Roteiro: Sidney Howard, baseado em livro de Margaret Mitchell Produção: David O. Selznick Música: Max Steiner Direção de Fotografia: Ernest Haller e Ray Rennahan Desenho de Produção: William Cameron Menzies Direção de Arte: Lyle R. Wheeler Figurino: Walter Plunkett Edição: Hal C. Kern
Ao perder-te eu a ti
tu e eu teremos perdido.
Eu, porque tu eras
o que eu mais amava;
tu, porque era eu
que te amava mais.
Mas, de nós dois
tu perdes mais do que eu.
Porque eu poderei amar a outras
como amava a ti,
Mas a ti não te amarão mais
do que te amava eu!
"Enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência. Enquanto o mundo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa, eu finjo ter calma. Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de calma, mesmo quando tudo pede um pouco mais de alma a vida não para(...) A VIDA É TÃO RARA. Será que é tempo que nos falta para perceber, será que temos esse tempo para perder..."
Embora estreitamente relacionada com a canela, e freqüentem ente com ela confundida, a cássia é originária da Birmânia (muito distante do local de origem da canela, o Sri Lanka). Já era usada na China em 2500 a.C. e chegou à Europa pela velha rota das especiarias do Oriente.
Tal como a canela, a cássia é a casca de um loureiro perene, extraída dos ramos finos e seca ao sol para formar os chamados paus de cássia. Estes são maiores e mais grosseiros do que os paus de canela e seu sabor é doce e aromático, embora seja descrito como uma espécie mais grosseira da canela. As folhas têm o mesmo sabor e podem ser utilizadas como aromatizante, semelhante ao que ocorre com as folhas de louro. É mais barata do que a canela, o que faz dela um substituto popular.
Seus botões assemelham-se um pouco ao cravo e são úteis quando se pretende um leve sabor de canela.
Usos A cássia é geralmente utilizada em pratos salgados, enquanto a canela é preferivelmente utilizada em doces. É um dos ingredientes do "pickling spice" e das "cinco especiarias chinesas".
Vai bem em picles, relishes, molhos de tomate e carnes recheadas.
De onde é que vem esses olhos tão tristes? Vem da campina onde o sol se deita. Do regalo de terra que teu dorso ajeita. E dorme serena, no sereno e sonha.
De onde é que salta essa voz tão risonha? Da chuva que teima, mas o céu rejeita. Do mato, do medo, da perda tristonha. Mas, que o sol resgata, arde e deleita.
Há uma estrada de pedra que passa na fazenda. É teu destino, é tua senda. Onde nascem tuas canções. As tempestades do tempo que marcam tua história Fogo que queima na memória E acende os corações.
Sim, dos teus pés na terra nascem flores. A tua voz macia aplaca as dores E espalha cores vivas pelo ar. Sim, dos teus olhos saem cachoeiras. Sete lagoas, mel e brincadeiras. Espumas, ondas, águas do teu mar.
de tudo durante a vida sempre valerá a pena todo perder, todo ganhar todo partir, todo ficar todo encontro, todo desencontro todo choro, todo riso a vida é mesmo isso mesmo que a gente não veja há tempos de cegueira passageira em que os olhos serão esquecidos mas por todo sonho que será sonhado valerá à pena ter adormecido ...
"Você é sempre um poema, algo que evoca ao bem, a verdade, a um certo mistério, um ar de melancolia. Algo juvenil, pueril, mas com uma lascívia profunda a espera de ser libertada. Inacabada, versos brancos, com alguns rabiscos, algumas mudanças, mas inebriante, vestida de tomara que caia, com rosas colombianas vermelhas aos pés, exalando um perfume que toma conta, quase palpável, e um olhar de sacerdotisa egípcia que pode ser Nefertiti ou quem você quiser, porque você pode ser todas e nenhuma sempre."
Definir cultura não é uma tarefa simples. Várias noções têm perpassado os tempos e, ainda hoje, podemos dizer que o termo cultura encontra-se num processo de ajuste constante de sua definição.
Um dos seus significados originais aponta para "cultivo agrícola", referindo-se ao que cresce naturalmente. Inicialmente, a cultura estava associada a algo que era material e, a partir de um desdobramento histórico (a passagem da civilização de uma vida rural para a vida concentrada em centros urbanos), o termo assumiu sentido no âmbito intelectual.
Da raiz latina colere, cultura pode significar desde cultivar e habitar a adorar e proteger, levando ao termo "culto", utilizado no sentido religioso. Assim, a cultura estende-se para o domínio das artes sagradas, além de significar as tradições de um povo, a serem protegidas e veneradas.
Assim, ao se aproximar da definição que nos interessa neste artigo, o termo se afasta do seu sentido original. A cultura, agora marcada pela sua identidade com o espaço urbano, dota aqueles que aí vivem de certos atributos: ser culto significa compreender regras que determinam um refinamento presente nas relações sociais. Isto aparece em oposição ao campo, que seria um espaço de não-cultura.
...
Em princípios do século 20, a noção de cultura vai tomando contornos de pluralidade: fala-se nas culturas de diferentes nações e períodos, bem como de diferentes culturas dentro de uma mesma nação, em um mesmo período.
Há um progressivo despontar da cultura como um conjunto de elementos caracterizadores de grupos específicos enquanto "políticas de identidade", incluindo os movimentos de minorias.
No entanto, quando o conceito de cultura vê-se pluralizado, torna-se difícil manter seu caráter positivo; ao falarmos em pluralidade cultural, assumimos que podemos nos referir à "cultura da máfia" ou à "cultura dos serial killers" enquanto grupos detentores de uma identidade coesa. Porém, a aceitação destas formas de cultura está comprometida, pois se incompatibiliza com os valores da sociedade vigente.
Por outro lado, este alargamento da noção de cultura permite contribuições importantes, uma vez que ela passa a ser entendida enquanto um todo de manifestações compartilhadas nos diferentes domínios de um grupo (artístico, lingüístico, econômico, social, etc.). E, tal como o foi em outros períodos, a noção de cultura segue seu percurso, sendo redefinida de acordo com as ênfases econômicas, políticas e ideológicas particulares a um momento histórico.
Por fim, a definição de cultura conhece em nossos dias uma amplitude de seu significado. Falamos em cultura de massas e cultura de minorias; compreendemos que não há culturas melhores que outras, mas sim uma diversidade delas; e podemos identificá-la ainda como um complexo conjunto de valores e práticas que os indivíduos constroem e mantém como identidade de um dado grupo.
Duas: Uma chama o electricista e a outra prepara as bebidas.
Psicólogos?
Apenas um, mas a lâmpada PRECISA DE QUERER ser mudada.
Loiras?
Cinco: Uma para segurar a lâmpada e outras quatro para girarem a cadeira.
Consultores?
Dois... Um abandona sempre o trabalho a meio do projecto.
Bêbados?
Um, só para segurar a lâmpada, enquanto o tecto vai rodando.
Informáticos?
Mudar para quê? Não há qualquer problema com a lâmpada velha, porque nos testes aqui no escritório ela funcionava bem.
Activistas gays?
Nenhum. A lâmpada não precisa de mudar para ser aceite pela sociedade.
Cantores Românticos?
Dois: Um muda a lâmpada e o outro escreve uma canção sobre os bons tempos da lâmpada antiga...
Machões?
Nenhum: Macho não tem medo do escuro.
Americanos?
Só um: Ele segura a lâmpada e o mundo gira ao seu redor.
Mulher?
Só ela! Sózinha!! Porque ninguém, dentro desta casa sabe mudar uma lâmpada! São um bando de IMPRESTÁVEIS!!! Eles nem percebem que a lâmpada se queimou! Eles podem ficar em casa no escuro durante três dias antes de perceberem que a porcaria da lâmpada se queimou! E quando notarem, vão passar mais cinco dias à espera que EU a mude, porque acham que eu sou ESCRAVA deles!!! E quando eles perceberem que eu não vou mudar a lâmpada, eles ainda vão ficar mais dois dias no escuro porque não sabem que as lâmpadas novas estão na porcaria da despensa! E se, por algum milagre, eles encontrarem as lâmpadas novas, vão arrastar o sofá da sala até ao lugar onde está a lâmpada queimada e vão riscar o chão todo, porque são INCAPAZES de saber onde está guardado o escadote! É inútil esperar que eles mudem a lâmpada, então sou eu mesma quem vai mudá-la! E como eu sou uma mulher independente, vou lá e mudo!... E SAIAM DA MINHA FRENTE!!!
“Não, não ofereço perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro, sou definida e clara como o jarro com a bacia de ágata no canto do quarto - se tomada com cuidado, verto água límpida sobre as mãos para que se possa refrescar o rosto mas, se tocada por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada." (Caio Fernando de Abreu)
Ler é questão de largura a capacidade de enfiar milhares de pequenas contas num único fio O entendimento rompe-o milhares inesperadas contas rolam em liberdade
Pensam que o saber é tirar contas dentre milhares de um vidro e enfiá-las num fio de pequenos colares Prefere-se sabe-las rolando ao chão
Ler é questão de largura a capacidade de enfiar milhares de pequenas contas num fio imaginário de pequenos colares O entendimento rolando solto em liberdade dentro de um vidro vazio
Pensam que o saber é tirar contas dentre milhares de um fio imaginário e enfiá-las num vidro Rompendo pequenos colares o chão rolando sob o entendimento vazio